terça-feira, 13 de julho de 2010

Educar Hoje... A realidade actual do ensino...


Reflexões pedagógicas…


Educar Hoje…


Num momento de grandes transformações e de grandes inovações, a educação e a nobre tarefa educativa, têm que acompanhar o desenvolvimento das novas tecnologias e as exigências de um sistema de ensino cada vez mais exigente.

Longe vão os tempos, como dizem bastantes docentes, em que um simples VHS e a telescola, prendiam os alunos (fossem eles do infantário, básico ou secundário) ao televisor e eram sempre o mote para que os mesmos se motivassem para a escola, para a aprendizagem e para o incentivo à frequência do estabelecimento de ensino. Na actualidade, a realidade é bem diferente tanto nas zonas do litoral como nas zonas do interior do país…

Actualmente e com o aparecimento dos computadores e desenvolvimento da internet, o facto de, cada aluno poder dispor de um computador pessoal, a existência de plataformas como o DVD, a vulgarização dos VHS e demais formas de divulgação de dados e informações, levam a que as crianças e jovens comecem a ficar cada vez menos receptivas e cada vez menos atraídas para o ensino com plataformas triviais levando a que os docentes, no momento actual, se deparem com um problema de ordem motivacional levando a que muitos tenham de tentar, com arte e engenho, arranjar formas para devolver ao ensino e aos discentes o interesse pelas matérias alvo de aprendizagem.

Da criação de sites e mails de turma, plataformas electrónicas de aproximação aluno/professor, a apresentações informáticas com o essencial do que deve ser apreendido pelo discente, tudo isto são formas actuais que os docentes utilizam para cativar os discentes havendo, com tudo isto, uma questão a ser respondida: com a actual conjuntura burocrática e temporal que é exigida pela actividade docente, quando é que os pedagogos poderão levar a efeito a criação e a dinamização destas forma de ensino atraente?

Esta questão deve ter os estabelecimentos de ensino como principal motor de resposta, isto é, devem ser as escolas a promover momentos para que os seus docentes possam desenvolver estas iniciativas educativas através de reduções de cargas horárias sendo que, o tempo resultante dessas reduções fosse dispendido pelos docentes para a concretização de ideias inovadoras para o ensino. Outra forma que pode fazer com que estes meios inovadores possam “vingar”, passa por um investimento que o Ministério da Educação leve a efeito em formação informática aos docentes para que os mesmos possam ter capacidades para elaborarem aulas mais interessantes para os alunos de hoje. Porque para haverem alunos brilhantes, devem ser criadas formas fascinantes para que os mesmos possam despontar e brilhar de forma máxima…


Por: João Paulo S. Félix

quinta-feira, 8 de julho de 2010

O que é educar: Reflexão inaugural...

Reflexões pedagógicas…

Num momento crucial e decisivo do processo educativo e da árdua tarefa que é ensinar urge-me fazer algumas reflexões sobre o tema e a temática: O que é educar?


Tenho para mim que educar é e não pode só ser o ensinar tudo o que vem nos manuais, tudo o que vem nas velhas e saudosas lições e/ou cartilhas de ensino: educar é… dar ao aluno asas para voar e possibilidade de poder brilhar num palco no qual o pupilo tem o papel principal tendo, nesta esfera, o docente o papel do encenador e do guionista tendo que potenciar o aluno para que o mesmo possa cintilar de forma correcta, sustentada e munido de tudo o que o possa concretizar enquanto discente.


Educar é também um papel que cabe acima de tudo ao lar: aos pais/ encarregados de educação: este educar não é o educar que todo o docente e profissional de educação tem de levar a efeito no seu laboro: é o educar com valores, princípios, regras, disciplina, respeito mas também com amor, ternura, afecto candura e, um elemento chave a ter em conta, sentido de se estar a formar um filho e/ou educando para a vida e para a construção de uma personalidade que se quer de carácter, de força, vontade de vencer mas tudo isto aliando o respeito, a ética e o civismo quer per si, pelo meio, quer pelos outros que o rodeiam.

Educar no espaço escolar, é e deve ser sempre um educar com sentimentos: porque, no momento da transmissão dos conhecimentos académicos que armarão a criança/adolescente/ jovem para a vida activa profissional, não se deve pôr de lado o facto de se estar a lidar com seres humanos de “carne e osso” com: sentimentos profundos, histórias de vida e currículos vitais de experiências múltiplas, deve-se educar partindo sempre do princípio da exploração dos sentimentos dos alunos para que se possa transportar aqueles que se educam para níveis muito superiores e muito mais exponenciais de conhecimentos e de sensações pessoais nunca descorando o ensino “olhos nos olhos”, isto é, de confiança, profissionalismo, isento de preferências de alunos e vendo sempre no discente um pedaço de sensações e não um bloco móvel mecânico.

Educar é e sempre deve ser um ligar: ligar casa/ escola para que, conjugando estas duas instituições às quais se junta o aluno, se possa criar o triângulo perfeito do êxito educativo porque, só quando estamos na presença deste esquema se pode ter a noção de que em casa se sabe o que se desenvolveu na escola em prol do discente e, na instituição de ensino se possa saber como decorre a situação social e pessoal do ambiente interno do aluno para que se possam desenvolver os métodos apropriados ao processo educativo sempre na óptica do ensino de sentimentos.


Educar nunca deve ser visto como a realização de um "frete" ou a realização de mais uma etapa do dia-a-dia ou da carreira de docente mas deve ser sempre visto como sendo: a actividade mais nobre e prestigiante que se pode desempenhar e levar a efeito porque é através da educação que o docente pode dotar os discentes de todo o seu precioso e valioso saber aliado ao talento de uso de palavra. Educar é ensinar o corpo e a mente, educar é criar pessoas brilhantes e alunos inteligentes.


Por: João Paulo S. Félix